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Dia 18
Tendo uma vida em comum
Cada um de vocês é parte do
corpo de Cristo, e vocês foram escolhidos para viver juntos em paz. Colossenses
3.15
Como é bom e agradável que o
povo de Deus viva unido como se todos fossem irmãos! Salmos 133.1
Domingo, 26 de junho de 2016 –
Comunhão com Deus – Mateus 18:20 (PDF)
A vida foi feita para ser
partilhada.
Deus quer que vivamos juntos. A Bíblia
chama essa experiência compartilhada de comunhão.
Hoje em dia, entretanto, a palavra per
deu grande parte de seu significado bíblico. “Comunhão” ou “confraternização”
hoje se refere normalmente a uma conversa casual, uma atividade social, comida
e diversão. A pergunta “Onde você busca comunhão [congrega]?” significa “Qual
igreja você frequenta?”. “Ficar para a confraternização [comunhão]” normalmente
significa “esperar pelo lanche”.
A real comunhão significa muito mais
do que apenas aparecer nos cultos. É ter
vida em comum. Ela
inclui amar altruisticamente, compartilhar com transparência, servir nas
necessidades práticas, ser generoso com o sacrifício de si mesmo, consolar
compassivamente e todas as outras orientações “uns aos outros” encontradas no
Novo Testamento.
Quando se trata de comunhão, o tamanho
importa: quanto
menor, melhor. Você
pode adorar no meio de uma multidão, mas não pode ter comunhão com ela. Quando
um grupo se torna algo maior do que dez pessoas, alguém deixa de participar —
normalmente o mais pacato —, e umas poucas pessoas acabam dominando o grupo.
Jesus ministrou no contexto de um
pequeno grupo de discípulos. Ele podia ter escolhido mais, porém sabia que doze
estava em torno do número máximo de pessoas que um grupo pequeno pode conter
para que todos possam participar.
O corpo de Cristo, assim como seu
próprio corpo, é na verdade um conjunto de muitas pequenas células. A vida do
corpo de Cristo, tal qual o seu corpo, está contida no interior das células.
Por essa razão, todo cristão deve estar envolvido em um pequeno grupo dentro de
sua igreja; seja um grupo de comunhão nos lares, seja uma classe de escola
dominical, seja um grupo de estudo bíblico. É ali que ocorre a verdadeira
comunhão, e não nas grandes reuniões. Se você imaginar sua igreja como um
navio, os grupos pequenos são os botes salva-vidas presos a ela.
Deus fez uma fantástica promessa a
respeito de grupos pequenos de crentes: “Pois onde se reunirem dois ou
três em meu nome, ali eu estou no meio deles”
Mateus 18:20. Infelizmente,
mesmo estar em um grupo pequeno não lhe garante experimentar uma comunhão real.
Muitas classes de escola dominical, bem como grupos pequenos, ficam presos à
superficialidade e não fazem ideia de como é experimentar a verdadeira
comunhão. Qual é a diferença entre a comunhão verdadeira e a falsa?
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Segunda-feira,
27 de junho de 2016 – Comunhão com os outros – 1 João 7:8 (PDF)
Na comunhão verdadeira, as
pessoas encontram autenticidade. A
comunhão autêntica não é superficial; um papo-furado repleto de banalidades. É
genuína, de coração para coração; às vezes permitindo partilhar coisas íntimas.
Ela ocorre quando as pessoas são verdadeiras sobre quem são e sobre o que está acontecendo
em sua vida. Elas dividem suas mágoas, revelam seus sentimentos, confessam suas
falhas, dão a conhecer suas dúvidas, admitem seus medos, reconhecem suas
fraquezas e pedem ajuda e oração.
Autenticidade é exatamente o oposto do
que você encontra em algumas igrejas. Em vez de uma atmosfera de honestidade e
humildade, há uma conversação fingida, representada, politiqueira,
superficialmente educada e frívola. As pessoas vestem máscaras, mantêm a guarda
levantada e agem como se tudo em sua vida fosse positivo. Essas atitudes são a
morte da verdadeira comunhão.
É somente quando somos abertos sobre
nossa vida que experimentamos a real comunhão. A Bíblia diz: “Se,
porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros
[...] se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos” 1
João 7:8. O mundo
pensa que a intimidade ocorre na escuridão, mas Deus diz que ocorre na luz. As
trevas são usadas para esconder ferimentos, erros, medos, fracassos e falhas. Mas,
na luz, nós os trazemos todos para um lugar aberto e admitimos quem realmente
somos.
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Terça-feira,
28 de junho de 2016 – Comunhão na Fé – Romanos 1:12 (PDF)
Ser autêntico exige tanto coragem quanto
humildade. Significa enfrentar seu medo de exposição, de rejeição e de ser
novamente magoado. Por que alguém correria tal risco? Porque é a única maneira de
crescer espiritualmente e ser emocionalmente saudável. A Bíblia diz: “Portanto,
confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem
curados” Tiago 5:16. Nós só crescemos assumindo riscos, e o mais difícil risco de
todos é sermos honestos com nós mesmos e com os outros.
Na verdadeira comunhão, as
pessoas encontram reciprocidade. Reciprocidade
é a arte de dar e receber. É depender um do outro. A Bíblia diz: “Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os
membros igual cuidado uns dos outros” 1
Coríntios 12:25. Mutualidade
é o coração da comunhão: edificar relacionamentos recíprocos, dividir
responsabilidades e ajudar uns aos outros. Paulo disse: “Quero
que nos ajudemos uns aos outros com a fé que temos. A vossa fé me ajudará, e a
minha fé os ajudará” Romanos 1:12.
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Quarta-feira,
29 de junho de 2016 – Comunhão e Bondade – Colossenses 3:12 (PDF)
Todos somos mais constantes em nossa
fé, quando outras pessoas caminham conosco e nos incentivam. A Bíblia ordena
que haja prestação de contas, incentivo recíproco, mútuo atendimento e honra
recíproca: “Amai-vos cordialmente uns
aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” Romanos 12:10. Por mais de cinquenta vezes ao longo do Novo Testamento, somos
orientados a realizar diferentes tarefas “uns aos outros” e “entre si”. A
Bíblia diz: “Esforcemo-nos em promover tudo
quanto conduz à paz e à edificação mútua” Romanos
14:10.
Você não é responsável por todos no corpo de Cristo, mas é
responsável para
com eles. Deus espera que você faça tudo
que puder para ajudá-los.
Na verdadeira comunhão, as
pessoas encontram compaixão. Compaixão
não é dar um conselho ou oferecer uma ajuda rápida e superficial; compaixão é penetrar
e partilhar a dor dos outros. A compaixão diz: “Compreendo o que você está
passando, e o que você sente não é estranho ou absurdo”. Hoje em dia algumas pessoas
chamam isso de “empatia”, mas a palavra bíblica é “compaixão”. A Bíblia diz: “Como
povo escolhido de Deus [...] revistam-se de profunda compaixão, bondade,
humildade, mansidão e paciência” Colossenses 3:12.
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Quinta-feira,
30 de junho de 2016 – Comunhão e Compaixão – Gálatas 6:2 (PDF)
A compaixão alcança duas necessidades fundamentais
dos seres humanos: a necessidade de ser compreendido e a necessidade de ter seus
sentimentos confirmados. Toda vez que compreende e confirma o sentimento de
alguém, você constrói comunhão. O problema é que estamos frequentemente tão
apressados em corrigir as coisas que não temos tempo de sentir compaixão. Ou
ainda estamos preocupados com nossas mágoas. A autopiedade esgota completamente
a compaixão pelas outras pessoas.
Existem diferentes níveis de comunhão,
e cada um é adequado a um momento diferente. Os níveis mais superficiais de
comunhão são: a comunhão
de colaboração e a comunhão de estudo da Palavra de Deus em conjunto. Em um
nível mais profundo está a comunhão
de serviço, como
quando ministramos em conjunto em viagens missionárias ou em obras de caridade.
O nível mais profundo e intenso é a comunhão
de sofrimento, quando entramos
na dor e no sofrimento uns dos outros e carregamos os fardos uns dos outros. Os
cristãos que melhor compreendem esse nível são os que ao redor do mundo estão
sendo perseguidos, depreciados e frequentemente martirizados por sua fé.
A Bíblia ordena: “Compartilhem
os seus problemas e transtornos uns com os outros e dessa forma obedeçam à lei
de Cristo” Gálatas 6:2.
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Sexta-feira,
1 de julho de 2016 – Comunhão e Perdão – Colossenses 3:13 (PDF)
Na comunhão verdadeira, as pessoas
encontram misericórdia. A
comunhão é uma situação em que opera a graça; em que os erros não são
lembrados, mas apagados. A comunhão acontece quando a misericórdia triunfa
sobre a justiça.
Todos precisamos de misericórdia,
porque todos tropeçamos e caímos e precisamos de ajuda para voltar ao caminho.
Precisamos oferecer misericórdia uns aos outros e estar dispostos a recebê-la
uns dos outros. Deus diz: “Quando as pessoas pecarem,
vocês devem
perdoá-las e confortá-las, para que não sejam vencidas pelo desespero” 2 Coríntios 2:10.
Você não pode ter comunhão sem que
haja perdão. Deus alerta: “Suportando-vos
uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra
outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses 3:13),
porque amargura e ressentimento sempre
destroem a comunhão. Como somos imperfeitos e pecadores, inevitavelmente magoamos
uns aos outros quando ficamos juntos por algum tempo. Às vezes magoamos uns aos
outros intencionalmente e às vezes sem querer, mas de qualquer forma são
necessárias enormes quantidades de graça e misericórdia para criar e manter a
comunhão. A Bíblia diz: “Vocês precisam ter consideração
para com as faltas uns dos outros e perdoar aos que lhes ofendem. Lembrem-se:
assim como o Senhor lhes perdoou, vocês devem perdoar aos outros” Colossenses 3:13.
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Sábado,
2 de julho de 2016 – Comunhão e a Lei – Gálatas 6:2 (PDF)
A misericórdia de Deus para conosco é um
estímulo para mostrarmos misericórdia com os outros. Lembre-se: jamais lhe será
pedido que perdoe a alguém mais do que Deus já lhe perdoou. Sempre que é magoado
por alguém, você tem uma escolha a fazer: usar sua energia e seus sentimentos
para buscar vingança
ou encontrar solução. Você não tem como buscar a ambos.
Muitas pessoas relutam em mostrar
misericórdia porque não sabem a diferença entre confiar e perdoar. Perdoar é
esquecer o passado. Confiar tem relação com comportamento futuro.
O perdão deve ser imediato, tenha ou
não a pessoa pedido por ele. A confiança deve ser reconstruída com o transcurso
do tempo. Confiança exige antecedentes. Se o magoam repetidamente, Deus lhe
ordena que perdoe imediatamente; mas não se espera que você volte a confiar
imediatamente ou que continue permitindo que tais pessoas o magoem. Elas devem
mostrar que mudaram com o tempo. O melhor lugar para restaurar a confiança é no
contexto de apoio mútuo de um grupo pequeno que ofereça tanto encorajamento
como prestação de contas mútuos.
Existem muitos outros benefícios que
você irá experimentar ao fazer parte de um grupo pequeno comprometido com a
verdadeira comunhão. Essa é uma parte essencial da sua vida cristã que não pode
ser ignorada. Por mais de dois mil anos, os cristãos têm se reunido
regularmente em grupos pequenos para buscar comunhão. Se você nunca fez parte
de um grupo ou de uma classe como essa, não sabe o que está perdendo.
No próximo capítulo, veremos o que é
necessário para criar esse tipo de comunidade com os outros crentes, mas espero
que este capítulo o tenha deixado ansioso para experimentar a autenticidade, a reciprocidade,
a compaixão e a misericórdia da verdadeira comunhão. Você foi criado para viver
em comunidade.
Décimo Oitavo Dia
Pensando sobre meu propósito
Um tema para reflexão: Preciso de outras pessoas em minha
vida.
Um versículo para memorizar: “Compartilhem
os seus problemas e transtornos uns com os outros e dessa forma obedeçam à lei
de Cristo”
Gálatas 6.2.
Uma pergunta para meditar: Que passo posso dar hoje para me unir
a outro crente de forma mais íntima e verdadeira?
Texto extraído do livro “Uma Vida com
Propósitos – Você não está aqui por acaso”, de Rick Warren
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